
De acordo com as fontes existentes, o Juiz de Fora de Castro Marim teria lançado a primeira pedra no dia 17 de Março de 1774, dando assim inicio à (re)construção da Vila de Santo António de Arenilha.[1]
De acordo com as fonte existentes, a edificação do Torreão Sul, remonta aos finais de 1775, e destinar-se-ia à Companhia Geral do Alto Douro.
Os torreões são edifícios morfologicamente distintos na frontaria de Vila Real de Santo António e detêm um grande significado urbanístico por delimitarem a vila a norte e a sul, como se de “ guardiões” se tratassem.
Ocupam uma área quadrada de 60 por 60 palmos correspondente a meio quarteirão, sendo a restante área ocupada por quintais que servem de logradouros, delimitados por muros.
No que respeita à estrutura interior dos torreões, no primeiro andar recorreu-se à técnica construtiva do sistema de gaiola, muito utilizada na Lisboa pombalina.
O edifício do Torreão Sul foi durante muitos anos pertença de particulares, servindo de habitação e local de comércio.
Datam de 1978 as primeiras intenções de recuperar o edifício, já então para fins culturais.
A 20 de Novembro de 1987, a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, adquire o edifício do Torreão Sul.
A 31 de Agosto do ano de 1999, foi assinado o acordo de colaboração entre o Instituto dos Arquivos Nacionais/ Torre do Tombo e a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, com vista á integração do Arquivo Municipal de Vila Real de Santo António, na Rede Nacional de Arquivos.
A recuperação e adaptação do edifício para funcionamento do Arquivo Municipal, inicia-se em Outubro do ano 2000, segundo projecto do Arquitecto Rui Figueiras.
A sua recuperação e restauração, de acordo com a traça original, tornam-no um precioso e belo documento histórico, que encerra também, no seu interior, boa parte da história do Concelho, preservada no seu acervo de documentos.
[1] ANTT, Ministério do Reino, Mç 608.